Espalha seu cheiro pelo ar
Sorriso a me embriagar
E já não há... volta
E já não há... nada pra pensar
Menina, sonhos, minha melhor música, flores nos cabelos
Pele, abraço, encanto, meu filme preferido
Cores, tintas, vinis, realejos
Banho de chuva, conversas sem fim
Todo o desconcerto quando olha pra mim
O universo, os aromas, arrepios
Antes de chegar ao seu beijo
Passam os dias e eu já não sei mais
Passam os meses e eu já não sei mais
Passam os tempos e eu já não sei mais
Passam todos e só ficamos nós
E já não há... volta
E já não há... vontade de voltar.
29 de julho de 2012
25 de julho de 2012
Aos escritores amigos
Uma das melhores descrições que já li sobre os
escritores é de Drummond... como se não estivesse a descrever a si mesmo
colocava sobre o escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as
coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
Hoje é dia nacional do escritor, um dia para
homenagear amigos que conseguem e conseguiram despertar diferentes sentimentos
e transformações em mim ao longo dos tempos. As linhas em que derramam suas
lágrimas, sorrisos, medos e esperanças ficam guardadas em nós de diversas
formas e são impossíveis de serem arrancadas, nem mesmo pela violência do mundo
sem rimas.
Camila em letras e silêncio, Dayana poeta
desconexo, Maiara cheia de instintos dissonantes, Carlos um fóssil e Calli e
seus devaneios, brincando com as perturbações em sua mente... Vamos transformar
o mundo sem rimas e sem cor, pedaço por pedaço, com um verso por rua, uma cor
por paralelepípedo, uma lágrima e um sorriso pra cada dia. Se não der pra
colorir tudo, que coloramos a nós mesmos por dentro antes de tudo e assim,
nunca perder a vontade de sair por aí escrevendo as palavras nas paredes e nas
pessoas, até que tudo esteja riscado e misturado.
As pessoas vão se reconhecer nas palavras cada
vez mais, enquanto houver quem escreva. Enquanto houver quem escreva vamos
poder ser lindos de tão tristes e irradiantes de tão alegres. As pessoas poderão
continuar a sentir profundamente e a derramar tudo com lápis e caneta sobre uma
folha qualquer e a qualquer momento. Mas principalmente, enquanto houver quem
escreva, eu sentirei não somente uma certa maneira especial de ver as coisas,
senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
25 de junho de 2012
Fotografias de um jardim de três borboletas.
Ouvi dizer que cada borboleta
escolhe o jardim em que habita e que de voo em voo se guia pelos sentidos.
Das muitas que a vida me deu a
oportunidade de me deliciar com suas cores e formas existem três boas
escolhedoras. Assim como dos muitos em que pude brincar, ouvir e descansar
existe um jardim muito especial que poucos já tiveram a oportunidade de
conhecer.
Sim, as borboletas escolhem seus
jardins, acredito.
A menina do cabelo cacheado
brinca alegremente pela grama com a Diana que ganhou de alguém que amava muito.
Registra tudo da forma mais curiosa que vê. O importante é ser de verdade,
pensa... se perguntando porque parece ser a única ver as coisas daquela forma.
Ela é um jardim. Mágico. Cheio de
sonhos. Repleto de imagens.
O importante é ser de verdade,
sabe. E por isso guarda consigo apenas os mais sinceros amigos, os mais altos
desafios, um grande amor, solo fértil para cultivo dos bons sorrisos e três
boas escolhedoras.
De sorriso em sorriso, bonito,
constrói uma trajetória difícil. É de força e de coragem que atravessa, as
vezes acompanhada e as vezes sozinha, os caminhos aventureiros que precisa. O
presente na mão, o olhar único, registra. Antes menina, agora grande – no mais
amplo sentido. Vasto território, hoje muito maior do que os olhos podem
acompanhar. Imensidão.
As vezes, eu, perdido nas
banalidades da realidade do mundo sem graça, me distancio da beleza e energia
que o meu jardim favorito me traz. Me perco em escala de cinza sem perceber que
se deixar levar pela rotina é pedir pra cristalizar a superficialidade de uma
forma que se torne quase impossível transpassar.
Mas a saudade é o tipo de
sentimento que não dá sossego (e ainda bem) e essa em especial me transporta
para as lembranças de sorrisos, carinho, vagalumes. Quando a encontro, o cheiro
de relva e orvalho do jardim invade a atmosfera por completo. E mais uma vez,
estando, não se quer distanciar jamais.
As borboletas, como boas
escolhedoras, buscam os jardins mágicos. As pessoas não. Amam antes de
perceber.
São anos de alegrias,
choros, obstáculos, apoio.
Eu te amo, não esqueça.
7 de junho de 2012
Vamos fazer um filme?
"Sem essa de que: 'Estou sozinho'
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia."
19 de maio de 2012
da covardia de não amar.
- Ei, eu quero que você olhe para
mim... Olha, eu sei o quanto você se esforça para se manter distante de todas
as pessoas no planeta... mas isso não está funcionando mais para você.
- Está funcionando bem.
- Não, não está. Não está por
causa disso (minha mão no seu coração e a sua mão no meu). Ok? Você sente isso?
A maioria das pessoas não tem isso. É raro.
- E daí?
- É isso aí. E daí? E daí, se não for sair disso? E daí, se você
nunca se deixar sentir. Você está tão convencida de que ter um relacionamento
vai te matar.
- Porque vai.
- E é por isso que eu estou com
outra pessoa. Dá certo porque eu e ela estamos passando um tempo bom enquanto
esperamos aparecer o que é pra valer. E sabe o que é pior? É que você e eu
sabemos o que é pra valer. O que sentimos quando nossos olhos se encontram é
pra valer.
Silêncio. Indecisão. Respiração. Despedida.
7 de abril de 2012
Recife
É o caminho de volta...
Este é o caminho de volta... o caminho que eu não queria trilhar hoje.
Deixo o amor em Recife, cidade que me chama, que me quer, me clama, me ama. E na verdade levo o amor comigo, em mim. O amor é mesmo assim.
Quando cheguei parecia tudo diferente da primeira vez. Eram os sorrisos e abraços amigos muito melhor de serem sentidos, tinha amor, tinha carinho, tinha ela.
Não foi preciso muito tempo para perceber que não importa o caminho percorrido se é com ela que o meu olhar se encontra, se é no seu abraço que eu me perco e encontro.
O abraço de Recife é demorado, é do tamanho certo para mim. O abraço dela foi feito para o meu. Ela nesta cidade linda na qual eu me sinto como deveria.
Dias impossíveis de esquecer, dias de guardar dentro do que é bom. Dias e noites de sentir.
E se a muito eu ousava a chamar-te pelo nome, hoje já não me atrevo. És amor. Nosso.
Somos.
Eu te amo. Eu te quero bem. Eu te quero comigo. Te quero livre também.
Recife fica e é levada junto de mim. É onde eu devo estar, se não hoje, amanhã com certeza.
É com você que eu preciso estar.
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