tudo é provisóriamente eterno para os poetas... tudo é eternamente provisório para os amantes e o poema apenas a configuração do instante.

-Capinam-

22 de fevereiro de 2009

Carta aos poetas


Poetas amigos que tanto amo, mesmo que eu deixe de amá-los, não deixarei de amar suas linhas.
As palavras acabam por ser para o poeta sua dádiva e sua maldição. Um dom que o completa ao proferir o que lhe falta ou o que lhe faz parte, de forma que se entrega nas linhas escritas. Entrega a sua alma nas metáforas e as faz parecer partes de seu corpo. De que outra maneira se sentiria tão sí mesmo? E tão menos incompleto?
O poeta acaba por se tornar escravo de suas próprias palavras e save que as precisa como o alimento que nutri seu ser. E algumas das coisas que são ditas marcam a pele, sangram e ficam para sempre, mesmo que o arreendimento afogue seus sonhos todas as noites.
A expressão do sentimento retido em seu coração se diexa transparecer a cada letra, por mais sem sentido que possa aparentar, sendo um pedaço de sí que se deixa mostrar apenas para aquele a qual é destinada.
Há quem não conheça um poeta fingidor? não porque finge sentir o que não sente mas, muitas das vezes finge não serem seus os sentimentos por ele escritos. se esconde por trás de sua escrita, vive através dela e sem ela perderia seu refúgio.
Quando o poeta sofre... como sofre! Somos capazes de perceber suas lágrimas derramadas nas palavras. Sentimos como nosso sofrimento o seu sofrer e nesse momento podemos ser um só.
Quando o poeta se alegra transborda luz em cada letra. Transborda cores, sorrisos e uma imensidão azul para os nossos dias. Faz um DIA AZUL, límpido com aquela famosa dose homeopática de felicidade.
E o que seria de nós sem os nossos poetas amigos que dizem as coisas mais certas ao nosso coração quando precisamos? E o que sera de nós sem o pouco de poeta que possuímos para nos auxíliar na leitura de nossas emoções?
Há perguntas que não necessitam de respostam, apenas de reflexões...
Os DIAS por enquanto estão AMARELOS e meio cansativos aos olhos, mas sinto-os próximos de se tornarem azuis. E quando acontecer todos perceberão a nova caligrafia, feita com o capricho que os dias azuis merecem.

2 selos:

paulo calvet disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
paulo calvet disse...

Pra começo de conversa, "cartas não postadas" é um bom nome. Me soa quase como um reclame e, ao mesmo tempo, refrigério.
Quanto aos poetas, o que dizer-te?
Acho que existe uma cápsula de sentimentalidade, mais densa que o primeiro átomo, que os envolve.
[Venha quando quiser...]

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