tudo é provisóriamente eterno para os poetas... tudo é eternamente provisório para os amantes e o poema apenas a configuração do instante.

-Capinam-

26 de fevereiro de 2009

dia 24 de fevereiro do bendito 2009


Registro do encontro entre Bárbara, Nayara e Sem Selos, com reflexão decorrente do encanto deste pela segunda e posterior conversa com a primeira.

Um divertido dia, uma carona pra casa e um beijo no rosto. Tão simples e fascinante ao mesmo tempo. Tentativa falha de não pensar a respeito. E uma folha em branco que espera para ser escrita.
"Há de ser possível escolher não gostar de alguém, em uma dessas decisões que se toma para se proteger de qualquer decepção futura?
ouvi dizer que não se pode escolher, apenas acontece quando menos se espera e é preciso apenas deixar que a coisas aconteçam por sí sós.
Mania essa que temos de querer dominar tudo com o tal do auto-controle. Depois percebemos que grande parte do que controlamos em nós, não gostaríamos de controlar.
Sentir-se desarmado diante de uma situação qualquer ou diante de alguém é ser simplismente humano, o que cada vez mais percebemos querer deixar de o ser.
Até onde leva o benefício da armadura sentimental que geralmente usamos para não nos envolvermos e aliás, muito antes, para não darmos espaço à uma possibilidade qualquer?
Nesse caso, dar a cara a tapa é ser dotado de coragem ou imbecilidade?"

22 de fevereiro de 2009

Carta aos poetas


Poetas amigos que tanto amo, mesmo que eu deixe de amá-los, não deixarei de amar suas linhas.
As palavras acabam por ser para o poeta sua dádiva e sua maldição. Um dom que o completa ao proferir o que lhe falta ou o que lhe faz parte, de forma que se entrega nas linhas escritas. Entrega a sua alma nas metáforas e as faz parecer partes de seu corpo. De que outra maneira se sentiria tão sí mesmo? E tão menos incompleto?
O poeta acaba por se tornar escravo de suas próprias palavras e save que as precisa como o alimento que nutri seu ser. E algumas das coisas que são ditas marcam a pele, sangram e ficam para sempre, mesmo que o arreendimento afogue seus sonhos todas as noites.
A expressão do sentimento retido em seu coração se diexa transparecer a cada letra, por mais sem sentido que possa aparentar, sendo um pedaço de sí que se deixa mostrar apenas para aquele a qual é destinada.
Há quem não conheça um poeta fingidor? não porque finge sentir o que não sente mas, muitas das vezes finge não serem seus os sentimentos por ele escritos. se esconde por trás de sua escrita, vive através dela e sem ela perderia seu refúgio.
Quando o poeta sofre... como sofre! Somos capazes de perceber suas lágrimas derramadas nas palavras. Sentimos como nosso sofrimento o seu sofrer e nesse momento podemos ser um só.
Quando o poeta se alegra transborda luz em cada letra. Transborda cores, sorrisos e uma imensidão azul para os nossos dias. Faz um DIA AZUL, límpido com aquela famosa dose homeopática de felicidade.
E o que seria de nós sem os nossos poetas amigos que dizem as coisas mais certas ao nosso coração quando precisamos? E o que sera de nós sem o pouco de poeta que possuímos para nos auxíliar na leitura de nossas emoções?
Há perguntas que não necessitam de respostam, apenas de reflexões...
Os DIAS por enquanto estão AMARELOS e meio cansativos aos olhos, mas sinto-os próximos de se tornarem azuis. E quando acontecer todos perceberão a nova caligrafia, feita com o capricho que os dias azuis merecem.