tudo é provisóriamente eterno para os poetas... tudo é eternamente provisório para os amantes e o poema apenas a configuração do instante.

-Capinam-

17 de janeiro de 2013

Eu precisava desse teu sorriso.

Enquanto todos os outros se deleitam nas relações permeadas pela posse e pela superficialidade, me apareces de forma inesperada, sutil e carinhosa e preenches os meus dias da mais pura poesia, do brilho nos olhos, do cultivo da esperança e dos sentimentos que valem a pena.

Aqui dentro é apenas mistura, de bem querer, de sinceridade, de versos e rimas, de você e tudo o mais que me fazes sentir. Da presença e do beijo. Do não saber o que fazer e apenas viver o que se deseja viver.

Aqui dentro é apenas lugar de te guardar e guardar apenas o que é leve e bom. Guardar o bem que sinto ao olhar nos teus olhos e ver as coisas que você não costuma mostrar. Guardar apenas o que precisa ser guardado.

Mas que saudade imensa havia sentido e que apenas percebi sua dimensão no abraço do reencontro. Antes nunca havia ouvido falar de saudade saudável que se matasse com simples presença, conversa franca  e coração quente.
A nós apenas os livros que nos resumem. Apenas o bom, o inexplicável e a sensação de nada ter mudado.

“Bem contente de te ver. Eu precisava desse teu sorriso.”
E porque somos de verdade, nunca houve recíproca mais verdadeira.
E o que é raro merece espaço.

Seja bem vinda, novamente.
Sente...

13 de janeiro de 2013

Pra te acalmar


Ouvindo Marcelo Camelo cantar:
"Passo essa canção pra te acalmar
Esteja, morena, você aonde for
Você sabe bem onde fica toda dor, morena
A chuva e um tanto de tempo pra molhar
O vento que bate pra gente se secar."
Hoje, e com você, eu preciso completar, cantarolar...
Sabe essa canção que nos acalma? 
É nossa, morena, do jardim a nossa flor
Cultive-a comigo regando com muita cor
A chuva que cai em nós, deixa molhar...
Contigo todo o sorriso há de durar.
A chuva que cai em nós, deixa molhar...
E o vento levar o que tem que se levar.

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Entra... deixo que faças sua casa
Com o melhor que há de mim.

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2 de janeiro de 2013

Giselly

Ouvi dizer que há vários tipos de amores e que podemos senti-los em diferentes intensidades vivendo-os de inúmeras formas. Uma grande mistura de muitas variáveis em que não há fórmula alguma que se possa aplicar afim de chegarmos a qualquer tipo de objetivação.
Caímos no poço das coisas inexplicáveis mais explicadas que existem, correndo o risco de afogar-nos em melancolia e discursos exaustivos que servem apenas a nós mesmos...
Antes de me afogar, no segundo do ultimo suspiro tive um filete de sanidade a tempo de entender que, mais do que refletidos, os amores precisam ser sentidos... Desde tal dia, não vivi um dia sequer em vão.

A saudade que sinto não há presença o bastante que sane. É sentimento de saudade eterna e simples saudosismo de uma mistura de sinceridade e intensidade e amor e desentendimento e reconciliação e leitura de olhar e você e.
Ouvi mesmo dizer que há vários tipos de amores, mas muito mais do que o que ouvimos, o que nos forma é o que vivemos. De alma afirmo-vos: há uma mistura inexplicável de amores diferentes em um amor só.

Que me perdoe por externar coisas que por diversos motivos podes desejar ocultar, mas conheço de ti até o que não me dizes... aliás, principalmente através das coisas não ditas. Teus olhos pequenos são como janelas profundas. Sua armadura forte e trincada, muito útil na tarefa de esconder o que já está em carne viva, não se faz obstáculo a quem lhe vê com a sensibilidade precisa.
Há cada vez menos sensibilidade entre as gentes deste mundo.

Me dirás você que sou hipócrita em falar de sensibilidade pois nossos desentendimentos estão aí para provar. Muito já me dissestes que me ama sem meu merecimento. Muito já se passou desde o dia em que nos conhecemos. E eu nada tenho a reclamar além de saudade.

Seu carinho, nossa cumplicidade, sua preocupação, nossa além-amizade.
Além de conceituação qualquer, eu te amo de uma forma de muitos amores misturados...
Todos intensos e apenas nossos: no fim apenas um.

Amor.


Não cabemos mais no pouco espaço de um abraço... já somos bem maiores a tempos.
Eu sei, você sabe, mais ninguém. Não se demore, por favor... Mesmo que eu não mereça.
Também ouvi dizer que saudade mata, mas começo a pensar que as pessoas falam demais as maiores insanidades possíveis.
Tenho tanta curiosidade por gentes insanas, inclusive nós.

Me desculpa, pois sei que não há volta para muito do que já houve.
Mais do que lembranças ainda há muito a partilhar, mesmo que menos do que desejamos.
Mas se prestares bem atenção, está tudo diferente mas como lá no iniciozinho, lembras?
Ah, menos metáforas, sei que não elas não se dão bem contigo. Mas se bem que,

por fora mudastes tanto menina, que fico a pensar...
No medo que tenho de que se percas de mim.

No fim, eu mereço. 
Te prometo.
Eu me esforço.