tudo é provisóriamente eterno para os poetas... tudo é eternamente provisório para os amantes e o poema apenas a configuração do instante.

-Capinam-

31 de julho de 2012

Para lembrar, sempre.

"Ah! Mainha deixa o ciume chegar
 Deixa o ciume passar e sigamos juntos
 Ah! Neguinha, deixa eu gostar de você
 Pra lá do meu coração...
 Não me diga nunca não..."


Pequena...

Olha só, não sou muito boa com cartas. Na verdade nem sei direito como começar uma... mas eu vou começar dizendo o quanto eu gosto de ti... o quanto te admiro, como te quero bem...
Você foi, sem duvida, uma das pessoas mais lindas que eu conheci na vida. Energia muito linda a tua. E não, não é preciso estar perto pra saber disso. Pra sentir. Dá pra sentir a km de distância.
Você me desculpa? Por toda a confusão que eu fiz (você sabe qual), se em algum momento eu te magoei, me desculpa quando eu disse que não queria te ver. Você não sabe, nem tem ideia de como doeu dizer aquelas coisas, Camila. Doeu muito. Mas cê sabe, fiz aquilo porque quero o teu bem e porque tenho medo. Quero que dê tudo certo pra você, do jeito que tem que ser. Não quero que ninguém fique magoado.
Você me entende né?
Eu gosto da tua simplicidade, da tua voz, das tuas musicas, das tuas piadas sem graça, eu gosto de você. Mesmo que aconteça o que for, mesmo que você siga um caminho bem distante do meu, eu te peço para que não me esqueça. Me leva contigo. Me guarda. Lembra de mim as vezes, se puder... 
Guarde o que for bom de mim.
Olha Camilinha... Obrigada de verdade por ser quem és comigo. Por ser a pessoa tão linda e grande que és. 
Eu espero que um dia a gente possa ouvir musica junto, deitado em almofadas coloridas...
Eu vou estar sempre aqui. Volta...


(Uma carta é um artefato mágico. Essa eu vou guardar, sempre. Agradeço a quem me escreveu, de toda forma. Me desculpa também...)

29 de julho de 2012

Musica para ouvir.

Espalha seu cheiro pelo ar
Sorriso a me embriagar
E já não há... volta
E já não há... nada pra pensar

Menina, sonhos, minha melhor música, flores nos cabelos
Pele, abraço, encanto, meu filme preferido
Cores, tintas, vinis, realejos
Banho de chuva, conversas sem fim
Todo o desconcerto quando olha pra mim
O universo, os aromas, arrepios
Antes de chegar ao seu beijo

Passam os dias e eu já não sei mais
Passam os meses e eu já não sei mais
Passam os tempos e eu já não sei mais
Passam todos e só ficamos nós

E já não há... volta
E já não há... vontade de voltar.

25 de julho de 2012

Aos escritores amigos


Uma das melhores descrições que já li sobre os escritores é de Drummond... como se não estivesse a descrever a si mesmo colocava sobre o escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
Hoje é dia nacional do escritor, um dia para homenagear amigos que conseguem e conseguiram despertar diferentes sentimentos e transformações em mim ao longo dos tempos. As linhas em que derramam suas lágrimas, sorrisos, medos e esperanças ficam guardadas em nós de diversas formas e são impossíveis de serem arrancadas, nem mesmo pela violência do mundo sem rimas.
Camila em letras e silêncio, Dayana poeta desconexo, Maiara cheia de instintos dissonantes, Carlos um fóssil e Calli e seus devaneios, brincando com as perturbações em sua mente... Vamos transformar o mundo sem rimas e sem cor, pedaço por pedaço, com um verso por rua, uma cor por paralelepípedo, uma lágrima e um sorriso pra cada dia. Se não der pra colorir tudo, que coloramos a nós mesmos por dentro antes de tudo e assim, nunca perder a vontade de sair por aí escrevendo as palavras nas paredes e nas pessoas, até que tudo esteja riscado e misturado.
As pessoas vão se reconhecer nas palavras cada vez mais, enquanto houver quem escreva. Enquanto houver quem escreva vamos poder ser lindos de tão tristes e irradiantes de tão alegres. As pessoas poderão continuar a sentir profundamente e a derramar tudo com lápis e caneta sobre uma folha qualquer e a qualquer momento. Mas principalmente, enquanto houver quem escreva, eu sentirei não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.